quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

MARES D'ALÉM

Tristeza do Jeca
Ex-integrante de uma das mais importantes duplas sertanejas do país, o músico Pena Branca morreu na última segunda-feira, em decorrência de um infarto. O cantor, cujo nome real era José Ramiro Sobrinho, tinha 70 anos e ficou conhecido no Brasil por seu trabalho junto com o irmão, Xavantinho..Nascido em 1939, em Igarapava, interior de São Paulo, Pena Branca iniciou carreira solo em 1999 com a morte do irmão, Ranulfo Ramiro da Silva, que na época tinha 57 anos. A dupla Pena Branca & Xavantinho começou a cantar em 1962. Em 1968, mudou-se para São Paulo para tentar a vida artística. Em 1990, ganharam o Prêmio Sharp de melhor música (Casa de Barro, de Xavantinho e Moniz) e melhor disco (Cantado do Mundo Afora). Em 1992, também receberam os prêmios Sharp e APCA, consagrando-se entre os maiores divulgadores do sertanejo de raiz.Os irmãos gravaram, em 1993, Violas e Canções (Velas), destacando-se Viola Quebrada (Mário de Andrade). Nesse ano, os shows da dupla chegaram até os Estados Unidos. Lançaram ainda Ribeirão Encheu (Velas), em 1995, com Luar do Sertão (João Pernambuco e Catullo da Paixão Cearense), e Pingo d’água (Velas), em 1996, com Tristeza do Jeca (Angelino de Oliveira) e Flor do Cafezal (Luís Carlos Paraná). Há 10 anos, Pena Branca seguia carreira solo. Em 2001, recebeu o Grammy Latino de melhor disco sertanejo por Semente Caipira, trabalho idealizado quando Xavantinho era vivo. O disco traz três composições de sua autoria: Papo Furado, Casa Amarela e Rio Abaixo Vou Viver. Seu segundo disco solo, de 2002, recebeu o nome de Pena Branca Canta Xavantinho e tem músicas de Renato Teixeira, Chico Lobo, Xangai, Paulo Sérgio Santos e Nivaldo Ornellas.

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