terça-feira, 30 de junho de 2015

DNA E FRAUDE NA VENDA DO PEIXE

Foto kanemar.com.br
Vender gato por lebre é coisa do passado, a novidade agora é vender panga por linguado!

Por Thiago Piazza

Em 2014, oficiais do PROCON da Capital confiscaram 30 amostras de pescado fresco, cozido, congelado e frito em peixarias, supermercados e restaurantes de Florianópolis. Foram coletadas amostras de espécies comercialmente importantes como bacalhau, linguado, garoupa, atum e congrio-rosa. 
Em seguida, testes com Código de Barras de DNA (DNA Barcoding) foram realizados pela empresa mineira de biotecnologia Myleus, em parceria com o PROCON de Florianópolis, e publicados no final do ano passado na revista Food Control pelos pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). 
Os resultados deste estudo demonstraram que 24% das amostras coletadas eram fraudes. Espécies de alto valor comercial como o linguado, congrio-rosa e bacalhau foram substituídas por espécies mais baratas como o panga e a polaca do Alasca, incompatíveis com a normatização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com o Código de Defesa do Consumidor. Os estabelecimentos envolvidos nos casos de fraudes foram notificados oficialmente pela Agência Reguladora Governamental e sofreram multas.

O método de Código de Barras de DNA faz um comparativo entre o DNA das amostras coletadas e o DNA catalogado no banco de dados genético mundial das espécies de peixes, podendo assim verificar se determinada espécie de pescado à venda é a mesma anunciada ao consumidor. 
Desta forma é possível verificar de forma rápida e confiável a autenticidade de produtos de origem aquática como o pescado. Entre os procedimentos utilizados nesta técnica estão a extração e sequenciamento de DNA e a PCR. 
Enquanto a extração consiste em retirar e isolar o material genético da amostra, a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) tem por finalidade replicar várias vezes determinada parte de interesse deste material, que por sua vez será sequenciado e interpretado em núcleotídeos representados por letras (A – Adeninda, C – Citosina, G – Guanina e T – Timina). Após estes procedimentos, tais letras podem ser então comparadas com outras sequências registradas em bancos de dados mundiais.

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